O negócio imobiliário ocupa, cada vez mais, um lugar central na nossa economia. Todos os dias “tropeçamos” em placas a dizer “vende-se”, é comum sermos presenteados com folhetos na caixa do correio, e-mails promocionais e, os mais atentos, percebem que o número de imobiliárias cresceu exponencialmente, já para não falar do boom dos sites da especialidade.
A pandemia fez-nos repensar o nosso “porto de abrigo”, querer mais espaço (exterior e interior), o teletrabalho vem reclamar um cantinho ou até mesmo uma divisão mais recatada, por isso, não é de estranhar o incremento significativo de transações de imóveis que se verificou nos últimos meses.
O juro está barato, o mercado efervescente, condições ótimas para que o valor médio por m2 tenha resolvido crescer, chegando esse crescimento, em alguns locais, a ser superior a 2 dígitos versus período homólogo.
Para além das típicas transações imobiliárias, em que uma parte quer vender e outra comprar, existem também os imóveis “submersos”. Refiro-me àqueles que resultam de penhoras (Bancos, AT, Segurança Social, e outro tipo de execuções), sendo certo que neste tipo de transações há normalmente uma das partes bastante contrariada, pois por circunstâncias da vida vê-se obrigada a deixar ir o seu bem.
Os imóveis penhorados podem ser uma excelente alternativa para quem procura casa, seja para residir ou para investimento e estão acessíveis, na sua generalidade, através de leilão.
Há inúmeras vantagens, desde logo o preço, pois por norma este tipo de imóveis é colocado no mercado abaixo do seu valor patrimonial e de mercado.
Mas há também inúmeras cautelas a ter em conta, nomeadamente a localização do imóvel, o estado de conservação, a informação matricial desatualizada, entre outras.
À primeira vista parece complexo e que estes imóveis “submersos” estão inacessíveis, mas com uma boa preparação e a devida prudência, esta modalidade pode ser bastante interessante.
Nuno Mortágua -Founder e CEO IMOSMILE